quarta-feira, 30 de março de 2011

"cafés con piernas"

O Roger escreveu um belo post sobre os cafés con piernas de Santiago usando as fotos que enviei a ele. Para conferir, clique aqui.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Asteroide B-612

Contei que entramos por acaso em um café em Valparaíso e uma dupla se apresentou dizendo que iria cantar uma música - se gostássemos, podíamos adquirir o CD. Na hora pensei "ih, mais um", mas foi só começarem a cantar pra eu mudar de ideia. Tão lindinhos. Cheguei a gravar um vídeo, mas com a câmera virada!

Aí vai um outro (que é ótimo, porque dá bem uma ideia de como é a cidade!):



 

Capítulo IV


Eu aprendera, pois, uma segunda coisa, importantíssima: o seu planeta de origem era pouco maior que uma casa!

Não era surpresa para mim. Sabia que além dos grandes planetas – Terra, Júpiter, Marte ou Vênus, aos quais se deram nome – há centenas e centenas de outros, por vezes tão pequenos que mal se vêem no telescópio. Quando o astrônomo descobre um deles, dá-lhe por nome um número. Chama-o, por exemplo: “asteróide 3251″.

Tenho sérias razões para supor que o planeta de onde vinha o príncipe era o asteróide B 612. Esse asteróide só foi visto uma vez ao telescópio, em 1909, por um astrônomo turco.

Ele fizera na época uma grande demonstração da sua descoberta num Congresso Internacional de Astronomia. Mas ninguém lhe dera crédito, por causa das roupas que usava. As pessoas grandes são assim.

Felizmente para a reputação do asteróide B 612, um ditador turco obrigou o povo, sob pena de morte, a vestir-se à moda européia. O astrônomo repetiu sua demonstração em 1920, numa elegante casaca. Então, dessa vez, todo o mundo se convenceu.

Se lhes dou esses detalhes sobre o asteróide B 612 e lhes confio o seu número, é por causa das pessoas grandes. As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: “Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?” Mas perguntam: “Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?” Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: “Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado…” elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: “Vi uma casa de seiscentos contos”. Então elas exclamam: “Que beleza!”

Assim, se a gente lhes disser: “A prova de que o principezinho existia é que ele era encantador, que ele ria, e que ele queria um carneiro. Quando alguém quer um carneiro, é porque existe” elas darão de ombros e nos chamarão de criança! Mas se dissermos: “O planeta de onde ele vinha é o asteróide B 612″ ficarão inteiramente convencidas, e não amolarão com perguntas. Elas são assim mesmo. É preciso não lhes querer mal por isso. As crianças devem ser muito indulgentes com as pessoas grandes.

Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada. Teria gostado de dizer:

“Era uma vez um pequeno príncipe que habitava um planeta pouco maior que ele, e que tinha necessidade de um amigo…” Para aqueles que compreendem a vida, isto pareceria sem dúvida muito mais verdadeiro.

Porque eu não gosto que leiam meu livro levianamente. Dá-me tristeza narrar essas lembranças! Faz já seis anos que meu amigo se foi com seu carneiro. Se tento descrevê-lo aqui, é justamente porque não o quero esquecer. É triste esquecer um amigo. Nem todo mundo tem amigo. E eu corro o risco de ficar como as pessoas grandes, que só se interessam por números. Foi por causa disso que comprei uma caixa de tintas e alguns lápis também. É duro pôr-se a desenhar na minha idade, quando nunca se fez outra tentativa além das jibóias fechadas e abertas dos longínquos seis anos! Experimentarei, é claro, fazer os retratos mais parecidos que puder. Mas não tenho muita esperança de conseguir. Um desenho parece passável; outro, já é inteiramente diverso. Engano-me também no tamanho. Ora o principezinho está muito grande, ora pequeno demais. Hesito também quanto à cor do seu traje. Vou arriscando então, aqui e ali. Enganar-me-ei provavelmente em detalhes dos mais importantes. Mas é preciso desculpar. Meu amigo nunca dava explicações. Julgava-me talvez semelhante a ele. Mas, infelizmente, não sei ver carneiro através de caixa. Sou um pouco como as pessoas grandes. Acho que envelheci.

sábado, 26 de março de 2011

Santiago

Escrevi todo o dia-a-dia da viagem no blog Cochabamba (acho que ficou cansativo, mas vou gostar de lembrar depois), então aqui vou somente publicar algumas fotos, organizadas por cidades: 





[caption id="attachment_2222" align="aligncenter" width="480" caption="Andes Hostel, limpinho, econômico e bem localizado"][/caption]

[caption id="attachment_2244" align="aligncenter" width="480" caption="Apart-hotel na Lastarria: mais conforto nos últimos dias de viagem"][/caption]



[caption id="attachment_2226" align="aligncenter" width="480" caption="Rua Lastarria, nosso endereço na etapa final. Tem sempre uma feirinha de livros ou antiguidades."][/caption]



[caption id="attachment_2227" align="aligncenter" width="480" caption="A tradição do "once", que é a happy hour ou o chá da tarde chileno. No tempo da Lei Seca, era o código para se beber a-g-u-a-r-d-i-e-n-t-e, que tem "onze" letras. Ah, detalhe: o texto da toalha de papel é um poema de Fernando Pessoa."][/caption]



[caption id="attachment_2228" align="aligncenter" width="480" caption="Entrada do Cerro Santa Lucía"][/caption]



[caption id="attachment_2229" align="aligncenter" width="480" caption="Vista de cima do cerro. Um pouco mais acima a Cíntia perdeu a lente dos óculos."][/caption]



[caption id="attachment_2230" align="aligncenter" width="480" caption="Bar Liguria: o mais amado pelos santiaguinos"][/caption]

[caption id="attachment_2231" align="aligncenter" width="480" caption="Cerro San Cristóbal: os ciclistas repõem as energias com o "motte con huesillos", que é uma espécie de calda de pêssego, com pêssego e uns trocinhos no fundo que parecem milho. Dispensável :-) "][/caption]

[caption id="attachment_2274" align="aligncenter" width="480" caption="Apreciando a vista."][/caption]






[caption id="attachment_2232" align="aligncenter" width="480" caption="Almoço no Mercado Público: a centolla inteira custa uns 100 dólares, mas também dá pra comprá-la em pedaços. Eles têm esse jeito de arrumar os guardanapos, que me dava até pena de desarrumar."][/caption]




[caption id="attachment_2233" align="aligncenter" width="480" caption="Estações de metrô abrigam exposições."][/caption]



[caption id="attachment_2234" align="aligncenter" width="480" caption="Dispensa comentários"][/caption]



[caption id="attachment_2235" align="aligncenter" width="480" caption="Testando o zoom da máquina velha"][/caption]




[caption id="attachment_2236" align="aligncenter" width="480" caption="Visita à vinícola Concha y Toro: direito à degustação de dois vinhos."][/caption]



[caption id="attachment_2237" align="aligncenter" width="480" caption="Centro: o antigo e o moderno"][/caption]






[caption id="attachment_2238" align="aligncenter" width="480" caption="Essa é pro Roger: um dos famosos "cafés con piernas", no centro da cidade."][/caption]



[caption id="attachment_2239" align="aligncenter" width="480" caption="Arranha-céus do bairro El Golf"][/caption]



[caption id="attachment_2241" align="aligncenter" width="360" caption="Lei da atração: estátua e pombo"][/caption]

quinta-feira, 24 de março de 2011

efeito flores

Achei que o mundo precisava de flores e tentei colocá-las no máximo de fotos possível. O “efeito flores” deu origem, depois, a uma série de outros: o “efeito folhagem”, o “efeito espelho”, o “efeito ciclistas”, o “efeito vulcão”. 


Aliás, as cidades do Chile têm muitas flores nas ruas, especialmente Puerto Varas, na região dos lagos.

Santiago é redonda

A grande diversão da Cíntia durante a viagem foi o recurso das fotos panorâmicas da Sony, que ela usou e abusou. Nas ruas, nas praças, nos parques, lá estava ela a girar, com a máquina na mão, buscando captar “toda a extensão do lugar”!






E a minha favorita:

modo viagem

Começo a sair, aos poucos, do “modo viagem”. Ontem chegamos ao Salgado Filho por volta das dez da noite. Em casa, vim direto pro computador olhar as fotos, fui dormir às duas. Hoje, acordei com a campainha às oito da manhã. Era a Lili, minha colaboradora doméstica, que encontrou a casa tal qual a deixou, duas semanas atrás.

Quando falo em “modo viagem”, falo de um estado de espírito bom, mais aberto, sensível a toda e qualquer novidade. Significa também uma parada no tempo: o espaço físico é diferente, mas vamos armazenando informações a partir do que já conhecemos, então todas as viagens pregressas retornam mais frescas à memória, como se fossem uma única viagem: “Este foi o melhor café da manhã de hotel” ou “Este lago é quase tão bonito quanto o Titicaca”. Os sentidos ficam mais aguçados.

Existem algumas precauções para que a viagem seja boa para todos. A Cíntia e eu conversamos sobre o assunto. Segundo ela, dois é melhor do que três. Em três, pequenas implicâncias podem se agravar quando o elemento neutro decide tomar partido. Tanto eu quanto ela tivemos experiências nos dois modos. Na ida a Punta del Este, com a minha prima e uma amiga dela, por exemplo, criamos uma antipatia mútua eu e a tal amiga, que só se atenuou com a chegada da Sílvia, direto de Washington, para contrabalançar as coisas.

Com a Vanessa e a Noêmia foi diferente, primeiro porque as duas são bastante civilizadas (e ambas amigas minhas); e, segundo, porque tratamos de promover um encontro antes da viagem para que elas se conhecessem (ideia da Vanessa, numa mostra da sua inteligência elevada!).

As viagens a dois também podem ser um desastre – e também tenho experiência nisso! –, mas, em geral, sem partidários ou mediadores, as duplas procuram se entender.

O importante é que cada um saiba o que espera da viagem: o que não pode faltar, que lugares deseja conhecer, quanto pretende gastar, que distância aceita caminhar – e lembre que não é preciso ficar grudado o tempo todo!

domingo, 20 de março de 2011

últimos dias no Chile

Amei Valparaíso. Como nos disse um chileno, as pessoas foram "pendurando" as suas casas onde lhes dava na telha e a fizeram única. Nosso hotel (Brighton) foi uma atração à parte, com vista pra toda cidade, vitrais nas portas e janelas, fazendo jogos de luz nas paredes. Também demos um pulinho em Viña del Mar, mas não a achamos nada demais. Não tem o charme de Valparaíso, nem o glamour de Punta del Este.

Agora estamos de volta a Santiago. Ao chegarmos no apart-hotel que havíamos reservado, surpresa: o proprietário nos liberou o "duplex" com terraço, que adoramos desde o início, mas que dispensamos por ser mais caro. Vou deixar para apresentá-lo depois, pelas fotos (o duplex, não o proprietário!).

Hoje conhecemos o Cerro San Cristobal, onde tomamos mote com huesillos (o energético deles). Depois, fomos caminhando pela rua em direção à "La Chascona", uma das três casas do Neruda. Chascona significa "descabelada". O nome é uma homenagem à terceira mulher do poeta. A Cíntia me achou igual a ela! :-)

quinta-feira, 17 de março de 2011

"se tratando"

Preciso me controlar e não ir tanto na onda da Cíntia, que é magra de ruim, perversa! Nós recém terminamos o once - com torta, kuchen, chocolate e cafezinho - e eu pergunto pra ela brincando "mais uma bolachinha?", e ela sempre me leva a sério!

Quanto aos eventos climáticos aqui no Chile, diz a Cíntia que o alerta de tsunami da semana passada era o anúncio da nossa chegada a Valparaíso. Ontem, a terra voltou a tremer (5,7 graus na escala Richter), mas hoje à noite, com terremoto ou nao, seguiremos para "Valpo"!

quarta-feira, 16 de março de 2011

puerto varas

Hoje a Cíntia quebrou o vidro do relógio; ontem, foi o adaptador da tomada! Agora ela resolveu ir caminhar em passos rápidos e eu disse que ficaria por aqui, na internet, mas acho que daqui a pouquinho vou dar uma volta también. Está chovendo fraquinho e acabamos de chegar de Frutillar, uma cidadezinha linda (eu sempre digo isso, mas é realmente linda!), a uns 45 minutos de Puerto Varas, onde estamos parando (e que também é linda).

Caminhamos pelas ruas, tiramos muitas fotos e, é claro, tomamos o once. Eles têm um teatro novinho e enorme na beira do lago, onde se realizam concertos internacionais. O lugar é muito tranquilo, no verão deve ser perfeito. Se estivéssemos com uns bons chaves-de-cadeia, talvez fosse melhor ficar por lá. Aqui em Puerto Varas tem mais movimento, é mais cidade.

Em Valdívia, ficamos num hostal simplezinho, mas aqui escolhemos um hotel na beira do lago, com vista para o vulcão. Estamos nos tratando bem! Nossa intenção hoje era passear pelos parques e vulcões, mas a chuva atrapalhou os planos. Se o tempo estiver melhor amanhã, faremos isso (mas, se estiver igual, faremos isso também!). Depois, à noite, viajaremos de ônibus (14 horas) até Valparaíso.

terça-feira, 15 de março de 2011

estresse

Pra não dizer que tudo foram flores, em Valdívia tivemos um pequeno desentendimento. Não me perguntem o motivo. Simplesmente, começamos a ficar intolerantes e mal-humoradas. Uma disse algo ríspido, a outra respondeu do mesmo jeito, e assim foi. Só que nenhuma das duas queria ficar de mal, então pedimos desculpas uma pra outra e seguimos viagem. Acho que foi o cansaço e o tempo chuvoso.

À noite, pra variar, fomos a um restaurante ótimo: pãezinhos e patezinhos de entrada, truta, mexilhões gratinados com molho de queijo, salada, sobremesa (sorvete com calda de chocolate e mousse), pisco sour, água e cafezinho. Nossa técnica para achar bons restaurantes tem sido a seguinte: vamos até a rua da moda e ali entramos no lugar mais movimentado. Deu certo todas as vezes. Hoje almoçamos numa chocolateria!

*


Tirei fotos ótimas dos lobos marinhos no porto. E fiz um filmezinho (cheio de zoom e movimento! hehehe).

pucón

Assim que chegamos a Pucón, uma cidadezinha linda, cercada por vulcões, saímos a procurar hotel. Fomos carregando as malas e olhando, até encontrarmos um lugar que nos agradasse. Acabamos num hotel chamado Plaza Pucón. Foi o início da nossa "fase rural" (em contraste com a fase urbana, de Santiago).

De tarde, passeamos pela cidade, fizemos o "once", que é o chá da tarde deles (outra hora explico o porquê do nome), e à noite fomos a umas termas chamadas Los Pozones, por meio de uma agência de turismo. Nos levaram em uma van cheia de gringos.

Conhecemos um canadense e um americano (chave-de-cadeia, segundo a Cíntia), uma americana (irmã do americano chave-de-cadeia) que trabalha no Circo du Soleil e um casal formado por uma francesa e um brasileiro que moram - gurias, adivinhem onde! - em Dunkerque. Tirei uma foto com eles :-)

O banho nas águas termais (a 50 graus) era alternado por banhos de água gelada do rio. Eu estava meio sem coragem, mas acabei imitando os americanos.

No dia seguinte, ou seja, ontem, fizemos uma caminhada de quatro horas em um parque nacional cujo nome nao sei de cabeça (Huerquehue?). Tirei muitas fotos (com o cuidado de nao tapar os vulcões ao fundo, viu, Vanessa?).

Na volta, paramos para ver uma outra atração local, os Ojos de Caburgua (que, até então, eu pensava ser alguma iguaria local - "ovos de caburga" -, que não podíamos deixar de experimentar). Era uma cachoeira, bem mixuruca, se comparada às nossas.

Até Santiago, tivemos pequenos incidentes por conta da Cíntia (!!!): no primeiro dia, eu estava tomando banho quando ouvi um grito do box ao lado: "Meu dente! Quebrei um dente!". No segundo dia, a Cíntia se vestiu toda de preto e branco para sair à noite e ficou se sentindo meio apagada. No caminho, encontrou uma blusa cor-de-rosa e... bem, uma foto vale mais que mil palavras. Quando eu tiver a foto, explico... No terceiro dia, no topo do Cerro Santa Lucìa, tivemos de evacuar o local para procurar a lente dos seus óculos... :-D

Mas, sejamos justas, em Pucón, chegou a minha vez: na volta das termas, fui apagar a luz e, em vez disso, desliguei o disjuntor. No meio da noite, congelada, tentei pegar minhas meias e bati com a cabeça na mesinha de cabeceira. De manhã, a Cíntia levantou e viu que não tinha luz. Foi até a recepção de pijama pra pedir providências. O senhor do hotel veio até o quarto e descobriu o que ocorrera. Quando ele saiu, a Cíntia olhou pro meu travesseiro e se assustou: "O que é isso?" Era uma mancha de sangue da cabeçada que eu tinha dado à noite. Estou com um galo até agora.

sexta-feira, 11 de março de 2011

santiago, 3º dia

Hola!

Tudo tranquilo por aqui. Começamos a fazer amizades. Estávamos conversando com um russo que se mudou para Israel aos três anos e hoje mora em Brasília. A Isabel acaba de chegar e fala com a Cíntia. Há bebidas e cachorro-quente liberado e não consigo me concentrar. Embora não estejamos mais oficialmente no hostel, eu subi, tomei banho, tirei as lentes de contato e estou pronta e cheirosa para pegarmos o ônibus daqui a pouco para Pucón. Decidimos ir para Valparaíso depois, no dia 18. A viagem para Pucón leva dez horas.

Hoje de manhã, assim que soubemos do alerta de tsunami, ligamos para o terminal Alameda para cancelar a passagem e mandamos um e-mail para o hotel de Valparaíso. Fomos de metrô até o terminal e chegamos dez minutos antes do horário de saída do nosso ônibus. Eles devolveram 85% do valor do bilhete para Valparaíso e aceitaram antecipar a nossa ida a Pucón para hoje à noite.

Resolvidas essas questões, retornamos ao hotel para o café da manhã, porém... descobrimos que naquele horário a situação complicava. Teríamos que disputar os pãezinhos a tapas, então resolvemos comer noutro lugar: torrada, torta de chocolate e pingado num café da rua ao lado. Segundo a Cíntia, "quando ocorre uma situação dramática, temos que nos tratar".

(continuo depois, o táxi está chegando! beijos!)

Continuando...

À tarde, fomos ao Museu Pré-Colombino, que abriga as múmias mais antigas do mundo (de um bebê e de um feto), à Igreja Sao Francisco, ao bairro Paris-Londres e ao Cerro (Monte) Santa Lucía, que tem uma vista linda da cidade. Lá no topo, a Cíntia perdeu uma lente dos óculos. Os turistas gentilmente se puseram a olhar para o chão, tentando nos ajudar (sem mexer os pés), mas não a encontramos.

mudança de planos

Estou aqui postando no blog quando a Cíntia irrompe na sala: "Marinella, larga disso e vem aqui ver na tevê: deu um terremoto no Japão e há um alerta de tsunami para a costa do Chile". Resultado: estamos cancelando a ida para Valparaíso. Em vez disso, vamos para Pucón (mas à noite).

santiago, 2º dia

Acabamos de chegar da night, estou tonta do vinho. Jantamos (eu, a Cíntia e mais uma moça, a Isabel, que conhecemos no hostel) num restaurante ótimo, no bairro Bellavista: Il Siciliano. Tivemos duas situações opostas: na ida, achamos que a corrida de táxi tivesse custado 9.500 pesos, mas o taxista foi logo dizendo "no, no, mucha plata" e nos devolveu o dinheiro (o preço era 950!). Em compensação, na volta, um outro taxista nos cobrou 6.200 pesos! Achamos melhor não discutir. Quer dizer... mentira, claro que discuti... !! ;-)

*


Já é de manhã. Enquanto a Cíntia faz as malas, vim pra Internet. O próximo destino é Valparaíso. Ontem, comprei uma máquina fotográfica. Uma beleza! Também comprei umas roupinhas e, nessa brincadeira, não olhamos nenhum museu, nem fomos aos parques. Ficará para a volta.

Caminhamos por tudo, conhecemos ruas lindas, comemos uma sobremesa deliciosa no restaurante giratòóio, olhamos apartamentos (vamos ficar num apart-hotel finésimo, com janelões em estilo neoclássico, nos últimos quatro, cinco dias).

Mais tarde conto dos capítulos "Cintia": o dente, a fotografia.

quinta-feira, 10 de março de 2011

santiago, 1º dia

Vou repetir o que disse da Guatemala: "Estamos encantadas". Santiago é linda, bem como a Cíntia me antecipou: cheia de barzinhos e cafés, prédios antigos, muito européia. O ar é seco, a temperatura agradável. O hostel está muitíssimo bem localizado, no centro. Tem uma mesa de sinuca roxa, internet liberada e muita gurizada (uma gurizada mochileira mauricinha), cujos horários nao interferem nos nossos: ontem à noite, quando chegamos, depois de bater perna por tudo, eles estavam todos aqui no hall, agora dormem.

Eu não pretendia comprar nada, só uma máquina fotográfica, mas ontem quase enlouqueci com as roupas de lã, na loja Paris. Tudo eu achava lindo, e a Cíntia só repetia: "Tu ainda não viu nada!" (não só a respeito das roupas de lã, mas das ruas, dos prédios e dos cafés).

Eu cheguei a Santiago por volta das 13 horas, depois de me liberar no aeroporto (fila de imigração, banheiro, bagagem), peguei um transfer (11 dólares) e em uns 20 minutos estava no hostel. Almocei no Mercado Público (Donde Augusto) com a Cíntia. Fizemos sucesso entre os peixeiros. Pedimos uma paella (que não estava grande coisa), mas ficamos cobiçando a centolla da mesa ao lado, uma espécie de lagosta mais carnuda. No retorno a Santiago, no final da viagem, vamos pedir uma. A comida é muito barata. À tarde, tomamos café e de noite jantamos salada de salmão e sorvete do Emporio La Rosa, uma sorveteria muito legal aqui perto.

Bem, nesse primeiro dia, nossas andanças se resumiram aos bairros do Centro e da Lastarria (Plaza de Armas, Mercado Público, Palácio La Moneda).

terça-feira, 8 de março de 2011

fazendo as malas

Amanhã embarco para Santiago! Minha colega de corrida, a Cíntia, já está lá e me manda a seguinte mensagem :-)

Oi Marinella!

Santiago é tudo de bom!!!
Já estou me sentindo "dona da cidade" de tanto que andei por aqui...
Achei até apartamentos para alugar perto daqui, numa rua que é um charme, cheia de cafés e restaurantes com mesinhas na calçada mas super sossegada. Pensei para o nosso segundo tempo em Santiago, lá no final.
O dono (que também é um charme...) tem amigos que moram em Puerto Varas e vai nos passar indicação de Bed & Breakfast por lá para ficarmos.
Buenas, até amanhã então!
Vou estar no Hostel te esperando para almoçarmos. Tu deves chegar por aqui às 14h.


bjs e uma ótima viagem