quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

pai e mãe

Acabo de vir da casa dos meus pais.

O pai estava na cozinha abrindo uma garrafa de vinho e se explicando: "Faz tempo que não bebo" (um dia? dois?). Eu disse que um cálice fazia bem.

Dali a pouco "traasc"! Eu: "Ih, foi-se o copo". E o pai, da cozinha: "Quem dera fosse o copo". Tinha quebrado a garrafa, na pia, não me pergunte como (só assim pra ele ficar na dose ideal).

Na copa, a mãe, sentada à minha frente, resmungou: "É triste, tá ficando velho". O pai ouviu e, enquanto catava os cacos de vidro na pia, perguntou: "que sujeirama é essa?" e, em seguida, "ah, entendi".

Ele estava se referindo a um resto de leite com aveia que se acumulava na pia. É que durante o almoço a mãe tinha dito a ele que esquecera de tomar café. Depois, ao chegar em casa, ela encontrou a xícara, não se deu conta de que estava cheia (achou que fosse água) e despejou tudo na pia.

Esse foi o diálogo que presenciei. Mais tarde, apareceu a Mirella, de espírito leve.

[ No domingo, quando cheguei pra almoçar, ela se incomodou com a minha presença: "Não tem outro lugar pra ler? Tá me atrapalhando". Eu estava quieta, em silêncio. Protestei: "Não, aqui é mais iluminado". Ela se agitou na cadeira, gritou, me xingou. Acabou aceitando a minha presença/existência. ]

2 comentários:

  1. Tudo isto acontecendo e eu no cinema. Ia passar lá hoje para levar a chave reserva do carro, mas ficou tarde.

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  2. Eles tb foram ao cinema hj. Pergunta pra mãe como é que tava o filme...

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