sábado, 20 de fevereiro de 2010

book fotográfico

A Vanessa tirou umas fotinhos muito simpáticas de minha pessoa no Rio. Como eu me amo, fiz um pequeno book  :-)

[caption id="attachment_1394" align="aligncenter" width="500" caption="Da esquerda pra direita: 1. belas artemísias!; 2. posso virar pro outro lado?; 3. cenário preferido do Video Show; 4. agora, olhando pra cá; 5. ai, clico o abricó-de-macaco ou a sumaúma?; 6. quanta natureza, chego a perder o equilíbrio."]rio-jbotanico[/caption]

[caption id="attachment_1389" align="aligncenter" width="500" caption="1. sempre lindo; 2. braços abertos; 3. nem te conto!; 4. livraria no morro Santa Teresa; 5. perna pra cá, braço pra lá, coluna reta, sorria!; 6. o que vejo!"]rio-algumas[/caption]

[caption id="attachment_1390" align="aligncenter" width="500" caption="Vamos passear de bondinho em Santa Teresa? Imperdível!"]rio-cristo-do-bonde[/caption]

Tivemos um certo mal-estar no início da viagem, uma vez que eu saía lindona nas fotos e a Vanessa, digamos assim, prejudicada. Nem todo mundo tem jeito pra gisele bündchen, mas ponderei que ela devia se soltar um pouco. Se espichasse um pouco o braço assim, virasse a cabeça um tantinho pra cá... espera que eu tô achando o melhor ângulo...!!!

A Vanessa se irrita à toa.

Mas vamos à verdade: descobri que TALVEZ eu não fosse lá grande coisa como fotógrafa. Jamais suspeitei. Na viagem anterior (Panamá, Costa Rica, Guatemala), a Noemia e a Vanessa tiraram fotos muito coloridas e expressivas e eu... bem... TIVE CERTEZA de que o problema era a máquina! Desde então eu venho lamentando como a minha sony estragou rápido, bela porcaria.

Agora, no Rio, a Vanessa perdeu os últimos pudores e declarou abertamente a minha limitação. Primeiro, neguei a possibilidade, sempre tive um senso estético apurado. Depois, comecei a pensar "será?", e então as terríveis comparações: "Vou tirar uma foto aqui, agora tu faz igual". Bé. O pior: "tu não fez faculdade de jornalismo?". Fiz?

Resolvi recuperar o tempo perdido. Não bastava enquadrar o rosto da Vanessa e a paisagem ao fundo. Precisava observar os quadrantes, destacar elementos, ajustar o foco. E segurar as mãos, os pés, as mochilas e as cabeças dos turistas.

É um tanto libertador assumir dificuldades. A partir daí, podemos decidir se queremos melhorar ou mantê-las. Ou, caso estejamos do outro lado, se podemos aceitá-las. Em geral, escolhemos como amigos aqueles que nivelam conosco. Somos intolerantes com os fracos, os feios, os burros, os chatos. Mas se o infeliz, de uma hora pra outra, tornar-se forte, bonito, inteligente, talvez isso incomode mais.

Quando eu e meus irmãos reclamamos de certas idiossincrasias parentais, por exemplo, meu pai costuma dizer "estamos ficando velhos, vocês têm que ter paciência". Ah, mas não se engane! Meu pai não é tão humilde, só diz isso porque sabe que "um pai sustenta dez filhos e dez filhos não sustentam um pai". Também é importante reconhecer o próprio valor.

3 comentários:

  1. Olha só oq encontro aqui numa sexta pouco movimentada!

    Mari, o texto é ótimo, como sempre.

    Para evitar censura, te mostro ao vivo quem se irrita à toa...

    Por fim, uma imagem vale mais do que mil palavras.

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