segunda-feira, 23 de março de 2009

feliz, muito feliz, pouco feliz

A Dani Aspis veio comentar meu último post: "Pra que contar toda a tua vida, mulher? Mente um pouco, conta só o lado bom". Bem, pra começar, o blog está longe de ser toda a minha vida. Não chego a mentir, mas conto o que quero, a meu modo. Com as lentes mais cor-de-rosa ou mais escuras, dependendo do estado de espírito. Mesmo um blog precisa desses altos e baixos.

Imagine a Dani com insônia na sexta-feira à noite entrando na internet pra se distrair e lendo sobre a minha decisão repentina de passar o fim de semana em Paris... Isso depois de saber do meu encontro casual com o Mark Ruffalo e do bilhete premiado que encontrei no chão. Aposto que ela torceria o nariz e não voltaria àqui (sempre quis botar uma crase assim – tá errado, não repita em casa).

O fato é que quando estou verdadeiramente de mal com o mundo não tenho vontade de escrever. Fico ali remoendo alguma frustração, gritando por dentro e dizendo a mim mesma que vai passar.

Quando estou levemente de mal com o mundo, um pouquinho entediada, tenho vontade de escrever e transformar uma realidade mediana em algo mais divertido. Ou penso em algo estapafúrdio, como ontem à noite, quando saí de casa pra comprar um abacate e depois o passei no cabelo (meio abacate, uma clara de ovo e algum óleo de cozinha, tudo misturado no liquidificador, caso alguém queira repetir em casa).

Desse estágio mediano, consigo, às vezes, passar ao seguinte, o feliz. Esse é o melhor de todos, pois pressupõe a satisfação pelo já conquistado e a confiança no que está por vir, um bem-estar ameno.

Já o muito feliz é mais complicado. Enquanto me ocupo com isso, é preciso administrar a ansiedade. Sim, porque o muito feliz pressupõe ansiedade. Geralmente envolve alguém que não me quer, mas veio a me querer, ainda que momentaneamente.

Tudo é momentâneo, não é?

Mas então... pra que escrever isso num blog? Talvez por uma necessidade de dividir o que penso, de forma ordenada, sem a consciência ou a responsabilidade de estar falando diretamente a alguém. Quem está do outro lado não tem obrigação alguma de ouvir, se está aqui é porque quer...

E fico feliz que esteja!

***



Insônia. O Fantástico mostrou uma matéria ontem sobre o assunto. Pessoas que só pegam no sono às seis da manhã. Felizmente, não sofro desse mal. Adoro dormir e me entrego totalmente a esse prazer, embora meu sono já tenha sido melhor.

Tempos atrás meu irmão teve curiosidade de saber como estava nesse departamento. Pegou o seu pijama e o seu travesseiro e foi passar a noite num laboratório do sono, todo monitorado. Descobriu que acordava milhares de vezes e precisava perder peso, mas acho que não fez nada a respeito.

Vou pedir o endereço pra ele, se alguém tiver interesse...

***



Hoje a Sílvia está de aniversário. Parabéns, Sílvia! Que todas as tuas mentalizações se concretizem - como naquele dia do bife! :)

[ Eu sempre ouço de manhã cedo, em 23 de março, os cumprimentos à Ana Amélia Lemos, tua "co-alguma-coisa" (como se chama quem nasceu no dia do nosso aniversário?). Também aniversaria(va)m o Moacyr Scliar, o Akira Kurosawa e a Joan Crawford. E – vê que coincidência – fiquei falando de insônia e descobri que hoje é o Dia Mundial do Sono ]

De presente te mando o link dos eventos históricos e dos nascimentos de hoje.

6 comentários:

  1. Eu não tive curiosidade alguma em saber como estava meu sono, nem nunca tive insônia, só ronco.

    Não acordo milhares de vezes durante a noite, eu PARO DE RESPIRAR centenas de vezes. O acordar é apenas a resposta do corpo para "ô estúpido, respira senão tu morre".

    O pijama eu levei, o travesseiro era deles mesmos.

    O laboratório fica na Dona Laura, não lembro exatamente onde, cheguei com sono e saí meio dormindo :-)

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  2. Bah Fabrício, pra que me desmoralizar assim!

    Eu não disse que tu tinha insônia, disse que tu teve curiosidade em avaliar o teu sono. Se o motivo era o ronco não importa...

    Se tu para de respirar centenas de vezes, tu acaba acordando, mesmo que por átimos de segundo e mesmo que não note. Tu mesmo acabou de dizer isso.

    Bom, não levou o travesseiro, mas podia ter levado. Muitas pessoas se apegam aos seus travesseiros.

    Thank`s pela informação! :)

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  3. Ok. Meu travesseiro sempre viaja comigo quando vou para praia.

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  4. Obrigada pela lembrança! Passei uns dias sem olhar o blog e estou botando a leitura em dia. Curti esse post sobre o muito feliz, feliz e pouco feliz. Tu podias fazer um gráfico ou por um ícone do lado do post. Acho que tem um site de blogs (frequentado mais por adolescentes -- live journal?) que oferece esse serviço. Hehehe. Mas acho os posts em si um indicativo mais tridimensional do teu estado de espírito. Pelo menos para quem te conhece... Bjs.

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  5. Humm, depois tu me conta por onde andou :)

    Acho que uma pessoa que mora no exterior tem todos os motivos pra ter um blog!! Ainda mais uma brasileira, jornalista, em Washington.

    (mas entendo o quanto é fácil desistir no meio, dá um trabalho...)

    Bj

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