[caption id="attachment_1199" align="alignleft" width="500" caption="1º de Agosto de 2009, Porto Alegre"]

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Eu e a Stela aprovamos hoje o Caminho do Livro como local de lançamento da coletânea. Será no dia 1º de agosto, às 11h30.
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Amanhã, à tarde, estarei no Caminho do Livro, trecho da rua Riachuelo, entre a Borges de Medeiros e a General Câmara, que é fechado aos sábados (alguns), das 10h às 16h, para abrigar uma feira de livros. A Stela irá também. É lá que pretendemos lançar a nossa coletânea desAMORdaçados, se nenhum colega mais resolver sair até a data do coquetel.
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Mudando de saco pra mala, desculpem se a pergunta é burra, nunca gostei de física:
É que coloquei água para ferver, ao mesmo tempo, em dois recipientes: uma grande chaleira para o meu chá e uma canequinha para cozinhar um ovo. Por que a chaleira agora borbulha violentamente enquanto a canequinha parece nem se dar por si?
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Gastei um bom tempo desenhando um novo topo no Photoshop. De fuxicos, em homenagem à minha mãe. Pode ser que ele não esteja aparecendo, porque os topos anteriores permanecem. Agora são três, que vão se alternando, aleatoriamente. Quer dizer, "aleatoriamente" é modo de dizer, nada é aleatório em informática.
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Cabe ressaltar que, embora eu apresente as minhas dificuldades com o método, há muitos aspectos interessantes na filosofia chinesa, como os ciclos construtivos e destrutivos dos cinco elementos.
O ciclo construtivo cria ou gera harmonia e representa uma transformação positiva: a madeira alimenta o fogo, o fogo gera terra, a terra gera metal, o metal gera água, a água gera madeira, que por sua vez gera o fogo.
A sabedoria está em conseguir identificar esses cinco elementos e os ciclos em que se encontram e se posicionar frente a eles.
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A minha dissertação de mestrado versou justamente sobre novas palavras. Com o auxílio do meu orientador, professor Félix, criei uma taxonomia para os neologismos e apresentei orientações sobre como lidar com eles nos dicionários e no texto jornalístico. Foi um aprendizado grande, muito interessante, embora eu nem sempre o aplique (pensar cansa e coerência dá trabalho!). Um dia desses publico um resuminho por aqui.
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Eleito por 115 votos, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira será o homenageado do XIII Congresso Nacional de Linguística e Filologia. Ismael de Lima Coutinho ficou em segundo lugar, com 101 votos, e Carlos Henrique da Rocha Lima em terceiro, com 76 votos.
Meu amigo Felipe ficaria intrigado. É dele a pérola:
"Não entendo esse povo que fica dizendo que não dá nem pra comer com um salário mínimo. Eu e o Fausto jantamos perfeitamente bem ontem à noite e gastamos 300 reais."
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Vírgula pode ser uma pausa. Ou não: Não, espere. / Não espere. Ela pode sumir com seu dinheiro: 23,4. / 2,34. Pode ser autoritária: Aceito, obrigado. / Aceito obrigado. Pode criar heróis: Isso só, ele resolve. / Isso só ele resolve. E vilões: Esse, juiz, é corrupto. / Esse juiz é corrupto. Ela pode ser a solução: Vamos perder, nada foi resolvido. / Vamos perder nada, foi resolvido. A vírgula muda uma opinião: Não queremos saber. / Não, queremos saber. Uma vírgula muda tudo. ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação. |
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Eu tinha tanta coisa pra escrever, mas precisaria me concentrar. Agora não dá, de novo. Vou anotar aqui pra depois retomar: critérios de noticiabilidade, pombo morto a tiros, atropelamento, blog do Tas.
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Alguns contestadores (buscados no google):
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Vim pra internet. Vestida de preto, com brilhos, e o Globo Repórter ao fundo. “Estamos gastando bem o nosso dinheiro?” Não sei. Prefiro quando falam de pesquisas em saúde, do poder dos alimentos, coisa e tal. Mas deixei a voz do Sérgio Chapelin baixinho.
Falando em pesquisas de saúde, cobri uma audiência pública nesta manhã sobre células-tronco. Uma das palestrantes disse que há muitos avanços na área, mas que não há milagres. E deu um site que revela todos os testes clínicos em andamento com seres humanos: clinicaltrial.gov.
Também disse que não há nenhuma terapia celular consolidada, fora os transplantes de medula óssea. Isto é, há vários estudos com seres humanos (nenhum envolvendo células embrionárias), mas os médicos ainda não podem sair receitando tratamentos com células-tronco a seus pacientes.
Segundo ela, não se sabe exatamente que células estão exercendo determinado efeito, mas isso não chega a ser um problema: “Por muito tempo se tomou aspirina sem se saber direito como ela agia”.
Por fim, a palestrante disse que não é pra acreditar em tudo o que a mídia diz. E mostrou duas capas da revista Veja que, segundo ela, apresentam o assunto de forma sensacionalista.
Embora, no interior da revista, a matéria esteja correta e esclareça a real situação das pesquisas, a maioria das pessoas não chega à terceira página, disse a cientista.
*Em vez de falar em revolução, ela prefere o termo promessa. Mas foi uma das palestrantes, e não a mídia, quem associou as terapias com células-tronco àquilo que representaram os antibióticos em outros tempos.
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Ontem, quinta-feira (19), viajei a Não-Me-Toque para acompanhar audiência pública sobre os impactos da crise mundial no Estado. Os participantes redigiram um documento com sugestões que foram entregues ao ministro da Agricultura.
Sempre me divirto nessas viagens. Mesmo tendo ficado numa espelunca e congelado por dez horas na ida e na volta (cheguei a comprar um par de meias no caminho pra esquentar os pés), os colegas, as piadas e o ‘conhecer lugares novos’ compensam.
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Essa história de blog não é fácil. A gente inventa moda e não quer se render, fica achando que tem que postar algo todo dia e, quando vê, está meio viciado, trocando a academia pra ficar arrumando uma palavrinha aqui, um fotinho ali (enquanto come seis barrinhas de cereal sem perceber). Pra alguém meio obsessivo-compulsivo isso não faz bem.
Além de descartar a academia, faço de conta que nem sei da reunião de condomínio hoje, desprezando o sinal do destino que me colocou no elevador com o síndico nesta manhã.
Eu estive pensando sobre o meu jeito de ser. Penso muito em duas coisas: no que tenho por prioridade, isto é, no tempo que dispenso a uma atividade ou outra, e no desejo de cada vez mais dizer o que penso. Na verdade, mais do que pensar nisso, penso que devo pensar nisso. Por prioridades, entendo escolhas. Eu as estou sempre questionando: se pensei x agora, no minuto seguinte já não sei se é isso mesmo.
Normal, até certo ponto. Sempre desconfio de quem está no extremo oposto e defende suas convicções com unhas e dentes.
Mas o receio de dizer o que penso, às vezes, vem daí. Nesse sentido, o blog é um bom exercício. Acho que tenho mudado um pouco e conseguido me expressar cada vez mais no momento certo e sustentado por mais tempo o mesmo pensamento. Tento enumerar os motivos pelos quais emiti tal opinião e aceitar que aquela era a decisão certa ou possível naquele momento.
Enfim, a gente se liberta um pouquinho com o tempo.
Mas não sei...
Ainda dá tempo de ir pra academia...
E o que será que os vizinhos estão aprontando neste momento?
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Notícias do front - Amanhã (18) e depois de amanhã (19), as comissões de Agricultura, Economia e Finanças da Assembleia realizam audiência pública em Não-Me-Toque, na Expodireto Cotrijal. Mandarei notícias (literalmente).
Para quem fica por aqui, tem show gratuito de soul music com Andréa Cavalheiro amanhã, às 18h30, no Solar dos Câmara (Duque de Caxias, 968), ao lado do prédio da AL (ehehe estou me achando “a” colunista cultural!).
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É bom ouvir isso. Mesmo que não se tenha resposta para a pergunta. Não é fácil dizer para si mesmo: “quero ser” ou “sou” escritor (escritor é profissão?). Também não é fácil dizer “não me importo com dinheiro” (ou melhor, pode até ser fácil dizer, mas acreditar mesmo nisso...). Não é fácil lidar com as próprias limitações e convencer a si mesmo de que não está perdendo tempo ou buscando algo vago e impalpável.
No caso da oficina, acho que o colega já sabe a resposta. Num grupo de 16 - mesmo que os editais deixem claro que o curso se destina a aspirantes à profissionalização e não a escritores de fim de semana - as motivações, o momento, a disposição e até mesmo o talento (?) de cada um variam bastante. É só por isso que a pergunta se torna irrelevante.
Não fazê-la nunca, porém, é deixar espaço para os amadores.