sábado, 28 de março de 2009

viva o centro a pé II

[caption id="attachment_673" align="alignleft" width="158" caption="Cuidado com os urinóis!"]Cuidado com os urinóis[/caption]

Fizemos um lindo passeio por Porto Alegre, hoje, sob a orientação de um arquiteto, funcionário da prefeitura. Eu e a Vanessa (que está aí pro que der e vier) nos integramos a centenas de milhares de pessoas (é exagero, mas tinha muuuita gente) na esquina das ruas Coronel Genuíno e Marechal Floriano, seguindo pela Borges de Medeiros até o Largo Glênio Peres e o Paço Municipal.

Foi uma aula sobre alguns dos principais prédios e monumentos do centro. O viaduto Otávio Rocha, por exemplo, que liga a Cidade Alta à Cidade Baixa, foi inaugurado em 1932, com estrutura de concreto armado e revestimento de cirex, uma massa raspada com mica que imita pedra. Conforme o guia, o “equipamento” passou por uma restauração não muito tempo atrás, mas, logo depois, num único dia, foi todo pichado.

Ele apontou um prédio muito bonito logo adiante que também foi restaurado, mas pintado com uma tinta especial à prova de pichações (basta lavar).

Na esquina da Borges de Medeiros com a Rua da Praia, observamos o primeiro arranha-céu da cidade. Uma das inovações do prédio foi permitir que as pessoas passassem por baixo dele na calçada. Isso evitava que fossem atingidas pelo conteúdo dos urinóis que se costumava lançar das janelas.

Hoje, porém, quem passa ali por baixo é atingido por pingos que escorrem do teto mofado, e eu, no viaduto da Borges, levei um toco de cigarro no olho (insuficiente para tirar o brilho do passeio - só porque estava apagado, é claro!).

Conhecemos ainda um pouco da história do prédio da Livraria do Globo, da Galeria Chaves, do Chalé da Praça XV, do Mercado Público e da Prefeitura. Nesta, fomos recebidos pelo vice-prefeito, recentemente entrevistado pela Vanessa para a série “Constituintes”, mas dispensamos o discurso e fomos almoçar no Dado Pub da Padre Chagas (depois de comprar queijo e damascos no Mercado Público).

Pena que a Márcia e o Marcelo não puderam ir.

***



Esse olhar sobre os prédios históricos em contraste com o tanto de lixo arquitetônico a cercá-los me fez pensar no tema deste blog, esse bichinho lento e simpático. Como é bom ter havido pessoas que levaram adiante obras grandiosas e bem pensadas que embelezam a cidade até hoje. E que pena ter havido muito mais gente imediatista, indiferente às gerações futuras e à harmonia espacial, dada a quantidade de garagens horrendas e prédios-caixa no centro da cidade.

Desacelerar é preciso!

2 comentários:

  1. Oi Mari!
    Ah, que legal que tu foi e a Vanessa te acompanhou! E azar nosso que não conseguimos ir. De todo jeito, teu relato já me deu um belo vislumbre do que foi o passeio!
    No próximo iremos!
    Beijo e boa semana
    Ma

    ResponderExcluir
  2. Pois é, tava bem cheio, dividiram em dois grupos enormes. E desta vez não teve ônibus.

    Ai temos que marcar nosso happy...!!
    bj!

    ResponderExcluir