sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

aula de yoga

Outro dia minha amiga Cristina veio me pedir opinião sobre que roupa usar num evento em que seria homenageada. “Tu acha que o vestido cinza que emprestei pra Fulaninha é muito chamativo? Ou visto aquele terninho preto que usei na formatura do Beltrano?” Fiquei em dúvida (sempre fico), pensei nas características de um e outro, pedi mais detalhes da solenidade e concluí que o terninho ficaria mais apropriado. Não que o vestido fosse chamativo, nada do que a minha amiga tem no seu guarda-roupa o é, mas, talvez, por ser mais curto e num tecido não tão nobre, pudesse perder meio ponto em relação ao terno.

A questão é: admiro e invejo essa minha amiga nesse quesito. Ela simplesmente não quer chamar a atenção, é uma preocupação real e constante. Por mais que se esforce, no entanto, o efeito é sempre o contrário. Volta e meia aparece um maluco (ou nem tanto) na sua cola.

Não é só ela. Tenho outra amiga igualzinha, a Vanessa. Fala baixinho (embora diga muito palavrão), fica na sua e vai fazendo o que tem de ser feito. Paga pra não ser incomodada. E, quando pensa que escapou incógnita, todos já notaram.

O que ambas têm em comum é uma mania de fazer tudo bem feito. É saber até onde podem ir e até onde os outros podem ir com elas. Quando são chamadas ao serviço - ou mesmo quando não o são, mas sentem que devem - elas baixam a cabeça, se jogam na tarefa e mostram a que vieram.

É por isso que, na aula de yoga ontem, enquanto eu me desequilibrava toda ao ouvir o professor dizer que era preciso equilíbrio emocional, a Cristina permanecia ali, impassível, por mais de um minuto com a perna erguida na altura do peito.

5 comentários:

  1. Na altura do peito?! Mas isso é yoga ou contorcionismo? A minha yoga aqui não é tão avançada, hehehe.

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  2. É uma licença poética! :o)

    As gurias, em vez de responderem aqui, ficam respondendo por e-mail... Ensina elas, Sílvia!

    Beijão

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  3. Agora que até já estava acreditando que eu conseguia colocar o joelho na altura do peito tu vem com essa de licença poética. Vou te contar...

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  4. Mas tava na altura do peito, né? Só que tava dobrado. A questão ali era o equilíbrio...!

    E acredita que é bom!

    Hoje vamos plantar bananeira!

    (Sílvia, a gente só teve duas aulas, não acredita em nada do que tu ler aqui!)

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  5. Putz, Mari, acho que depois do último acontecimento vc vai retirar o que disse... Explicação: adquiri um veículo (!) e ando completamente incompetente nos quesitos básicos - dirigir, estacionar, me localizar em Porto Alegre.
    Qto aos palavrões, esse ano eu fui inscrita (à revelia) no PREG - Programa de Redução de Emissões de Palavrão. Agora, ao invés de soltar um sonoro vá te f..., eu tenho que dizer , no máximo, um "macacos me mordam", típico de filme ruim dublado qdo o mocinho fala "f.. you".

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